FATO
SOCIAL E DIVISÃO DO TRABALHO
Por
Edineia Koeler
Tudo o
que os indivíduos pensam forma a consciência social. Para explicar essa teoria
Durkheim explica o fato social a partir de três características:
- · Exterioridade: O que acontece na sociedade independente da nossa vontade;
- Generalidade: É social todo fato que se aplica a todos;
- Coersitividade: A força que nos leva a aceitar o que é social (exemplo: leis, regras, normas, costumes).
Cabe a
educação, que é exemplo claro de fato social, a tarefa de conformação dos
individuos na sociedade, onde as regras já existem e devem ser apreendidas para
se viver em sociedade, e a escola, segundo Durkheim é o lugar onde se prepara o
indivíduo para viver em sociedade.
- Por que então o individuo se submete a essas regras "perpetuadas" pela escola? O ser humano é ser social, portanto não vive só. E para garantir a vida em sociedade é necessário seguir regras voluntaria ou involuntariamente. Para explicar como se tcem essas relações Durkheim recorre ao conceito de "solidariedade"_ "laços que unem o individuo ao grupo social". E para melhor compreensão divide o conceito em:Solidariedade mecânica: as sociedades pré-capitalistas onde as individualidades não se destacam. O indivíduo é reconhecido como parte do grupo que apresenta as mesmas características, onde o tipo social vive desempenhando papel semelhante a todos os membros do grupo social. Exemplo os índios, todos vivem coletivamente em função de um bem comum.são características da solidariedade mecânica:
- Maior coerção social
- Menor individualismo
- Maior força de consciência coletiva
- Menor diferenciação das tarefas.
- Solidariedade Orgânica: Deriva da divisão social do trabalho gerando individualização. A função que cada indivíduo desempenha na sociedade varia de acordo com as aptidões individuais. São características da Solidariedade orgânica:
- Menor coerção social
- Maior individualismo
- Menor força da consciência coletiva
- Maior diferenciação de tarefas e interdependência.
Em
algumas situações se observa a ausência de regras o que Durkheim denomina de
anomia. Essas situações são caracterizadas como crise das formas de controle
social e aumento do individualismo. Podendo ocorrer o suicídio que também é
interpretado por Durkheim como fato social. O suicídio não necessariamente
precisa ser a morte física de um indivíduo. Quando uma pessoa fica desiludida
por algum trauma, por exemplo, e deixa de viver em sociedade, se autoexclui,
ela morre para a sociedade. Essa forma de suicídio é denominada por Durkheim de
suicídio egoísta. Existe também o suicídio altruísta, onde o indivíduo se doa
em favor de suas crenças e pela sua sociedade é o exemplo dos homens bombas.
DURKHEIM, Emile. Da Divisão do Trabalho Social. Editora Marins Fontes. 2000.
Que ótimo, Edineia! Trabalhei esse tema com minha turma de pedagogia da FASG, se soubesse do seu blog antes, teria indicado para os alunos. Parabéns pela iniciativa.
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